sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Luxúria


Luxúria

Isabella Taviani

Dobro os joelhos quando você me pega
Me amassa, me quebra, me usa demais...

Perco as rédeas quando você
Demora, devora, implora
E sempre por mais...

Eu sou navalha cortando na carne
Eu sou a boca que a língua invade
Sou o desejo maldito e bendito,
Profano e covarde...

Desfaça assim de mim que eu gosto e desgosto
Me dobro, nem lhe cobro
Rapaz!
Ordene, não peça
Muito me interessa a sua potência,
Seu calibre, seu gás...

Sou o encaixe
O lacre violado
E tantas pernas por todos os lados
Eu sou o preço cobrado e bem pago
Eu sou um pecado capital...

Eu quero é derrapar nas curvas do seu corpo
Surpreender seus movimentos
Virar o jogo
Quero beber, o que dele escorre pela pele
E nunca mais esfriar minha febre...


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