Luxúria
Isabella Taviani
Dobro os joelhos quando você me pega
Me amassa, me quebra, me usa demais...
Perco as rédeas quando você
Demora, devora, implora
E sempre por mais...
Eu sou navalha cortando na carne
Eu sou a boca que a língua invade
Sou o desejo maldito e bendito,
Profano e covarde...
Desfaça assim de mim que eu gosto e desgosto
Me dobro, nem lhe cobro
Rapaz!
Ordene, não peça
Muito me interessa a sua potência,
Seu calibre, seu gás...
Sou o encaixe
O lacre violado
E tantas pernas por todos os lados
Eu sou o preço cobrado e bem pago
Eu sou um pecado capital...
Eu quero é derrapar nas curvas do seu corpo
Surpreender seus movimentos
Virar o jogo
Quero beber, o que dele escorre pela pele
E nunca mais esfriar minha febre...
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