Soneto da morte
A vida jaz com um suspiro da morte
O lascivo gosto do rancor abstrato
Em brumas noturnas festejas
Displicente ao próprio ato.
Os corpos tombam aos milhares
Onde se refestelam os vermes da terra
Sangue, carne e ossos em bandejas fúnebres
Banquete mórbido da matéria que se esfacela.
Um agônico suspiro precede o fim da vozes
Cerram-se os olhos dando adeus à sorte
Ecoando à sua volta trombetas nefastas;
Veloz corcel negro, gélido vento do norte.
Furtiva, aproximas indiferente aos prantos.
Tristeza dos que ficam, alívio pra quem parte.
Toord Brauns
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