sábado, 24 de novembro de 2012

Cavador do infinito

Cavador do infinito


Com a lâmpada do Sonho desce aflito
e sobe aos mundos mais imponderáveis,
vai abafando as queixas implacáveis,
da alma o profundo e soluçado grito.
Ânsias, Desejos, tudo a fogo escrito
sente, em redor, nos astros inefáveis.
Cava nas fundas eras insondáveis
o cavador do trágico Infinito.
E quanto mais pelo Infinito cava
mais o Infinito se transforma em lava
e o cavador se perde nas distâncias...
Alto levanta a lâmpada do Sonho,
e com seu vulto pálido e tristonho
cava os abismos das eternas ânsias!

Cruz e Sousa

Mocidade e Morte

Mocidade e Morte


Oh! Eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh'alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n'amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma...
Nos seus beijos de fogo há tanta vida...
— Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida.

Mas uma voz responde-me sombria:
Terás o sono sob a lájea fria.

Morrer... quando este mundo é um paraíso,
E a alma um cisne de douradas plumas:
Não! o seio da amante é um lago virgem...
Quero boiar à tona das espumas.
Vem! formosa mulher — camélia pálida,
Que banharam de pranto as alvoradas.
Minh'alma é a borboleta, que espaneja
O pó das asas lúcidas, douradas...

E a mesma voz repete-me terrível,
Com gargalhar sarcástico: — impossível!
Eu sinto em mim o borbulhar do gênio.
Vejo além um futuro radiante:
Avante! — brada-me o talento n'alma

E o eco ao longe me repete — avante! —
o futuro... o futuro... no seu seio...
Entre louros e bênçãos dorme a glória!
Após — um nome do universo n'alma,
Um nome escrito no Panteon da história.

(...)

Morrer — é ver extinto dentre as névoas
O fanal, que nos guia na tormenta:
Condenado — escutar dobres de sino,
— Voz da morte, que a morte lhe lamenta —
Ai! morrer — é trocar astros por círios,
Leito macio por esquife imundo,
Trocar os beijos da mulher — no visco
Da larva errante no sepulcro fundo.

(...)

E eu morro, ó Deus! na aurora da existência,
Quando a sede e o desejo em nós palpita...
Levei aos lábios o dourado pomo,
Mordi no fruto podre do Asfaltita.
No triclínio da vida — novo Tântalo —
O vinho do viver ante mim passa...
Sou dos convivas da legenda Hebraica,
O 'stilete de Deus quebra-me a taça.

É que até minha sombra é inexorável,
Morrer! morrer! soluça-me implacável.

Adeus, pálida amante dos meus sonhos!
Adeus, vida! Adeus, glória! amor! anelos!
Escuta, minha irmã, cuidadosa enxuga
Os prantos de meu pai nos teus cabelos.
Fora louco esperar! fria rajada
Sinto que do viver me extingue a lampa...
Resta-me agora por futuro — a terra,
Por glória — nada, por amor — a campa.

Adeus! arrasta-me uma voz sombria
Já me foge a razão na noite fria!...

Castro Alves





sábado, 10 de novembro de 2012

Amor e Medo

Amor e Medo


Quando eu te vejo e me desvio cauto
Da luz de fogo que te cerca, ó bela,
Contigo dizes, suspirando amores:
— "Meu Deus! que gelo, que frieza aquela!"

Como te enganas! meu amor, é chama
Que se alimenta no voraz segredo,
E se te fujo é que te adoro louco...
És bela — eu moço; tens amor, eu — medo...

Tenho medo de mim, de ti, de tudo,
Da luz, da sombra, do silêncio ou vozes.
Das folhas secas, do chorar das fontes,
Das horas longas a correr velozes.

O véu da noite me atormenta em dores
A luz da aurora me enternece os seios,
E ao vento fresco do cair das tardes,
Eu me estremece de cruéis receios.

É que esse vento que na várzea — ao longe,
Do colmo o fumo caprichoso ondeia,
Soprando um dia tornaria incêndio
A chama viva que teu riso ateia!

Ai! se abrasado crepitasse o cedro,
Cedendo ao raio que a tormenta envia:
Diz: — que seria da plantinha humilde,
Que à sombra dela tão feliz crescia?

A labareda que se enrosca ao tronco
Torrara a planta qual queimara o galho
E a pobre nunca reviver pudera.
Chovesse embora paternal orvalho!

Ai! se te visse no calor da sesta,
A mão tremente no calor das tuas,
Amarrotado o teu vestido branco,
Soltos cabelos nas espáduas nuas! ...

Ai! se eu te visse, Madalena pura,
Sobre o veludo reclinada a meio,
Olhos cerrados na volúpia doce,
Os braços frouxos — palpitante o seio!...

Ai! se eu te visse em languidez sublime,
Na face as rosas virginais do pejo,
Trêmula a fala, a protestar baixinho...
Vermelha a boca, soluçando um beijo!...

Diz: — que seria da pureza de anjo,
Das vestes alvas, do candor das asas?
Tu te queimaras, a pisar descalça,
Criança louca — sobre um chão de brasas!

No fogo vivo eu me abrasara inteiro!
Ébrio e sedento na fugaz vertigem,
Vil, machucara com meu dedo impuro
As pobres flores da grinalda virgem!

Vampiro infame, eu sorveria em beijos
Toda a inocência que teu lábio encerra,
E tu serias no lascivo abraço,
Anjo enlodado nos pauis da terra.

Depois... desperta no febril delírio,
— Olhos pisados — como um vão lamento,
Tu perguntaras: que é da minha coroa?...
Eu te diria: desfolhou-a o vento!...

Oh! não me chames coração de gelo!
Bem vês: traí-me no fatal segredo.
Se de ti fujo é que te adoro e muito!
És bela — eu moço; tens amor, eu — medo!...

Casimiro de Abreu




Versos - Bram Stoker


"O absinto é o afrodisíaco do ego. A fada que nele existe, quer sua alma." 

Bram Stoker



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Biografia - Bram Stoker

Bram Stoker




Abraham "Bram" Stoker (Dublin, 8 de Novembro de 1847 — Londres, 20 de Abril de 1912) foi um escritor romancista, poeta e contista irlandês, mais conhecido pelo romance gótico Drácula, a principal obra no desenvolvimento do mito literário moderno do vampiro.

Terceiro filho de um total de sete irmãos sofreu nos primeiros anos de sua vida com uma saúde frágil. Neste período, Bram Stoker ouvia histórias de sua mãe e lia compulsivamente livros e contos de terror sobrenatural.

Com 15 anos de idade ingressou no Trinity College de sua cidade natal e, mesmo com a saúde vulnerável, dedicou-se com êxito às atividades esportivas. Imerso no ambiente acadêmico e intelectual, o jovem Stoker passou a integrar a chamada Sociedade Filosófica; onde teve a oportunidade de produzir um ensaio intitulado Sensationalism in Fiction and Society. Posteriormente, ainda ocupou a função de auditor da Sociedade Histórica e presidir a Sociedade Filosófica.

Em 1866, Stoker, passou a trabalhar no funcionalismo público no castelo de Dublin. Formou-se em matemática em 1870, mas, deu continuidade aos estudos diariamente por meio período. O interesse de Stoker pelo teatro levou-o a oferecer-se voluntariamente como crítico do jornal Dublin Evening Mail. Suas críticas inteligentes e embasadas elevaram seu nome junto aos meios sociais, artísticos e intelectuais da cidade. Passou a conviver com personalidades influentes chegando até mesmo a conhecer Oscar Wilde, Arthur Conan Doyle e William Butler Yeats.

Em 1873, foi convidado a assumir a editoração do jornal Irish Echo, trabalhando sem remuneração salarial por meio período. Porém o impresso não obteve sucesso e Stoker abandonou a atividade no ano seguinte.

A partir deste momento, passou a produzir seus primeiros contos e peças ficcionais que eram publicados em jornais da cidade. The Chain of Destiny foi seu primeiro trabalho na linha do terror sobrenatural, publicado em 1875 no periódico Shamrock.

No ano seguinte, o autor inglês Henry Irving assume a direção do Royal Lyceum Theatre, de Londres, e convida Stoker para ocupar a função de gerente. Neste mesmo período, Stoker casou-se com a atriz Florence Balcombe, cujo ex-pretendente foi Oscar Wilde. Ela optou pelo casamento com Stoker devido seu emprego e estabilidade junto ao governo. Em 31 de Dezembro de 1879 nasceu seu único filho, Irving Noel Thornley Stoker.

Em 1879 publicou The Duties of Clerks of Petty Sessions in Ireland; no mesmo ano nasce Noel, único filho do casal. Under the Sunset, uma coletânea de contos infantis, foi publicada em 1882. Neste momento, inicia-se a fase mais criativa e próspera da vida de Bram Stoker.

No final desta década, publicou seu primeiro romance: The People (1889). Nos anos seguintes, foram publicados ‘O Castelo da Serpente, The Watter’s Mou e Croken Sands e The Shoulder of Shasta.

Em maio de 1897, publicou a obra que incluiria seu nome definitivamente na literatura mundial: Dracula. O romance epistolar, permeado pelo horror tétrico e sobrenatural, aborda a trajetória do diabólico Conde Drácula, da Transilvânia à Inglaterra; pautado ainda por personagens célebres como Jonathan Harker e Abraham Van Helsing.

Alguns críticos o consideraram uma rara combinação de um tema lúgubre com uma trama bem construída. Entretanto, gerou opiniões contrárias em relação à abordagem e à temática tétrica. A inspiração para o enredo pode ter sido extraída de um sonho do autor no qual um vampiro emergia do túmulo. O interesse de Stoker pela biografia de Vlad Tepes contribuiu na elaboração do personagem principal.

Nos anos seguintes, Stoker deu continuidade as suas atividades literárias em ainda foram publicados Miss Betty (1898), Os sete dedos da morte (1903) e The Man (1904), entre outras que não obtiveram o mesmo sucesso de Dracula.

O Lyceum e seu acervo de adereços cênicos foram destruídos por um incêndio. O teatro, em condições precárias foi transferido à um sindicato; no entanto, encerrou suas atividades em 1902. A carreira e vida pessoal de Stoker entraram em decadência. Em 190 ele sofreu um derrame cerebral e contraiu a doença de Bright que afeta o funcionamento dos rins.

Sua saúde se deteriorou gradativamente. Em 1906, publica, em homenagem ao amigo e sócio, Personal Reminiscences of Henry Irving. Após três anos, é publicado O Caixão da Mulher-Vampiro e em 1911 seu último romance intitulado O Monstro Branco.

Em 20 de abril de 1912, em Londres, Abraham Stoker falece em sua casa na companhia de Florence. Foi cremado e suas cinzas estão numa urna no Crematório de Golders Green, Golders Green, em Londres, Inglaterra.

Após a morte do autor, sua mulher, que morreria apenas em 1937, herdou os direitos de publicação de Drácula e cedeu permissão para que o teatrólogo Hamilton Deane adaptasse o romance à peça teatral. Esta foi a primeira adaptação que a obra recebeu e contribuiu muito para sua popularização. Em 1922, Nosferatu, filme baseado no romance de Stoker, estreou nas telas do cinema sob direção do alemão Murnau.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

sábado, 3 de novembro de 2012

Biografia - Junqueira Freire

Junqueira Freire






Luís José Junqueira Freire (Salvador, 31 de dezembro de 1832 — Salvador, 24 de junho de 1855) foi um poeta brasileiro.

Sua obra lírica divide-se em religiosa, amorosa, filosófica, popular (ou sertaneja) e alguma poesia social, de tom declamatório, precursora de Castro Alves.

Participou da segunda geração romântica.

Franklin Dória, que fundou a cadeira 25 da Academia Brasileira de Letras, escolheu Junqueira Freire como seu patrono.

Foi em Salvador onde estudou Humanidades e aos dezoito anos se tornou monge da ordem beneditina permanecendo na vida religiosa por cerca de quatro anos. A reclusão trouxe frustração e foi tema de suas poesias.

Junqueira Freire morreu aos vinte e três anos em consequência de problemas cardíacos. Durante sua vida esteve dividido entre a vida religiosa, espiritual e a sua falta de fé e vocação para a vida celibatária. Suas experiências foram retratadas em suas duas obras poéticas: Inspirações do claustro e Contradições poéticas. O autor optou pela vida monástica devido aos problemas de convívio familiar, e as suas poesias são marcadas por uma reveladora autobiografia.

Nos poemas ainda consta a crise moral da igreja do século XIX e os conflitos que o autor vivia em sua profissão. Junqueira Freire também expressou pessimismo com relação à vida, interesse por uma vida mundana, sexualidade reprimida, desejo por pecado e ainda um sentimento de culpa. Chegava desejar a morte, considerando-a uma amiga, que lhe traria possivelmente a paz eterna.


Obras

Inspirações do Claustro, 1855
Contradições poéticas
Tratado de eloqüência nacional
Ambrósio

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Biografia - Cruz e Sousa

Cruz e Sousa




João da Cruz e Sousa (Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis), 24 de novembro de 1861 — Estação do Sítio, 19 de março de 1898) foi um poeta brasileiro.
Alcunhado Dante Negro e Cisne Negro, foi um dos precursores do simbolismo no Brasil.

Filho dos negros alforriados Guilherme da Cruz, e Carolina Eva da Conceição, João da Cruz desde pequeno recebeu a tutela e uma educação refinada de seu ex-senhor, o Marechal Guilherme Xavier de Sousa - de quem adotou o nome de família, Sousa. A esposa do Marechal, Dona Clarinda Fagundes Xavier de Sousa, não tinha filhos, e passou a proteger e cuidar da educação de João. Aprendeu francês, latim e grego, além de ter sido discípulo do alemão Fritz Müller, com quem aprendeu Matemática e Ciências Naturais.

Em 1881, dirigiu o jornal Tribuna Popular, no qual combateu a escravidão e o preconceito racial. Em 1883, foi recusado como promotor de Laguna por ser negro. Em 1885 lançou o primeiro livro,Tropos e Fantasias em parceria com Virgílio Várzea. Cinco anos depois foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como arquivista na Estrada de Ferro Central do Brasil, colaborando também com o jornal Folha Popular. Em fevereiro de 1893, publica Missal (prosa poética baudelairiana) e em agosto,a poesia Broquéis, dando início ao Simbolismo no Brasil que se estende até 1922. Em novembro desse mesmo ano casou-se com Gavita Gonçalves, também negra, com quem teve quatro filhos, todos mortos prematuramente por tuberculose.

Faleceu a 19 de março de 1898 no município mineiro de Antônio Carlos, num povoado chamado Estação do Sítio, para onde fora transportado às pressas vencido pela tuberculose. Teve o seu corpo transportado para o Rio de Janeiro em um vagão destinado ao transporte de cavalos. Foi sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier por seus amigos, onde permaneceu até 2007, quando seus restos mortais foram acolhidos no Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, no centro de Florianópolis.
Cruz e Sousa é um dos patronos da Academia Catarinense de Letras, representando a cadeira número 15.

Mesmo tendo sido filho de escravos e recebido a alcunha de "Cisne Negro", o poeta não conseguiu escapar das acusações de indiferença pela causa abolicionista, e foi acusado de ter-se omitido quanto às questões referentes à condição negra. Apesar de a poesia social não fazer parte do projeto poético do Simbolismo, o autor, em alguns poemas, retratou metaforicamente a condição do escravo. Cruz e Sousa militou, sim, contra a escravidão. Tanto da forma mais corriqueira, fundando jornais e proferindo palestras por exemplo, participando, curiosamente, da campanha antiescravagista promovida pela sociedade carnavalesca Diabo a quatro, quanto nos seus textos abolicionistas, demonstrando desgosto com a condução do movimento pela família imperial.

Quando Cruz e Sousa se refere à “brancura”, é importante recorrer ao diversos significados da palavra, além da cor em si.

Obra:

Seus poemas são marcados por musicalidade (uso constante de aliterações), individualismo, sensualismo, às vezes por desespero, às vezes por apaziguamento, além de uma obsessão pela cor branca. Encontram-se inúmeras referências à cor branca, assim como à transparência, à translucidez, à nebulosidade e aos brilhos, e a muitas outras cores, sempre presentes em seus versos.
No aspecto de influências do simbolismo, nota-se uma amálgama que conflui águas do satanismo de Baudelaire ao espiritualismo (e dentro desse, ideias budistas e espíritas) ligados tanto a tendências estéticas vigentes como a fases na vida do autor.

Broquéis (1893, poesía)
Missal (1893, poemas en prosa)
Tropos e Fantasias (1885, poemas en prosa, junto a Virgílio Várzea)

Obra póstuma:
Últimos Sonetos (1905)
Evocações (1898, poemas em prosa)
Faróis (1900, poesía)
Outras evocações (1961, poema em prosa)
O livro Derradeiro (1961, poesía)
Dispersos (1961, poemas em prosa)


Biografia - Álvares de Azevedo

Álvares de Azevedo





Manuel Antônio Álvares de Azevedo (São Paulo, 12 de setembro de 1831 — Rio de Janeiro, 25 de abril de 1852) foi um escritor da segunda geração romântica, contista, dramaturgo, poeta e ensaísta brasileiro.

Filho de Inácio Manuel Álvares de Azevedo e Maria Luísa Mota Azevedo, passou a infância no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos. Voltou a São Paulo, em 1847, para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde, desde logo, ganhou fama por brilhantes e precoces produções literárias. Destacou-se pela facilidade de aprender línguas e pelo espírito jovial e sentimental.
Durante o curso de Direito traduziu o quinto ato de Otelo, de Shakespeare; traduziu Parisina, de Lord Byron; fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano (1849); fez parte da Sociedade Epicureia; e iniciou o poema épico O Conde Lopo, do qual só restaram fragmentos.
Não concluiu o curso, pois foi acometido de uma tuberculose pulmonar nas férias de 1851-52, a qual foi agravada por um tumor na fossa ilíaca, ocasionado por uma queda de cavalo, falecendo aos 21 anos.

Obra:
A sua obra compreende: Poesias diversas, Poema do Frade, o drama Macário, o romance O Livro de Fra Gondicário, Noite na Taverna, Cartas, vários Ensaios (Literatura e civilização em Portugal, Lucano, George Sand, Jacques Rolla) e Lira dos vinte anos

Suas principais influências são: Lord Byron, Goethe, François-René de Chateaubriand, mas principalmente Alfred de Musset.

Figura na antologia do cancioneiro nacional. Foi muito lido até as duas primeiras décadas do século XX, com constantes reedições de sua poesia e antologias. As últimas encenações de seu drama Macário foram em 1994 e 2001. É patrono da cadeira 2 da Academia Brasileira de Letras.

Devido a sua morte prematura, todos os trabalhos de Álvares de Azevedo foram publicados postumamente.
Lira dos Vinte Anos (1853, antologia poética);
Macário (1855, peça de teatro);
Noite na Taverna (1855, contos);
O Conde Lopo (1886, poema épico que resta apenas em fragmentos hoje);

Álvares de Azevedo também escreveu muitas cartas e ensaios e traduziu para o português o poema Parisina, de Lorde Byron, e o quinto ato de Otelo, de William Shakespeare.